A AGENDA REGULATÓRIA E DO MERCADO
Embora o setor tenha agenda e diagnóstico é preciso tomar decisões sobre os assuntos mais urgentes que permeiam o setor elétrico brasileiro. Essa foi a percepção dos especialistas durante o primeiro debate da Agenda Setorial, que aconteceu na manhã desta quarta-feira (13).
Sobre a abertura total de mercado, impulsionada pela migração dos consumidores de alta tensão no início deste ano, os painelistas afirmaram que é preciso conduzir o processo com cautela, com proteção às distribuidoras e reforma tributária que acompanhe as mudanças.
A transição energética também foi abordada entre os palestrantes. Mario Menel, presidente do FASE, defendeu que ela precisa acontecer de forma justa e inclusiva. “O consumidor não pode pagar o custo da transição”.
Por sua vez, Luiz Carlos Ciocchi, Diretor-geral do ONS, afirmou que o Brasil precisa de uma estratégia de desenvolvimento e que é preciso ajudar outros setores da economia neste processo. “O Brasil tem setores como transportes e mineração, que precisam melhorar suas emissões de carbono, assim como a utilização de recursos renováveis. Precisamos trabalhar em conjunto para que a gente possa desenvolver essas outras atividades”.
O último tópico foi sobre a atração de investimentos. Os painelistas defenderam que é preciso estabelecer um limite entre políticas públicas e regulação e que os projetos de lei não podem interferir no planejamento das entidades.
Os painelistas trouxeram ainda as suas percepções sobre o futuro da energia elétrica. Para Ricardo Lavorato Tili, Diretor da Aneel, ele está na aproximação com o setor de telecomunicações, com uso de Inteligência Artificial, modelo de despacho, digitalização, trazendo infinitas possibilidades de negócio.
Thiago Prado, Presidente da EPE, destacou a importância de modelos para a mensuração das mudanças climáticas nos preços da energia e disse que a entidade está buscando parceiros estratégicos para ampliar a sua atuação.
Assessoria de Imprensa Oficial